terça-feira, 24 de agosto de 2010

Entrevista a Playboy: Parte 4 - 04/2001





ULRICH: "Todos nós tivemos alguns momentos de boa putaria. Eu não acho que exista alguém nesta banda que não teve momentos de gozos ocasionais"

PLAYBOY: Talvez você estivesse certo nos méritos. Mas é difícil que as pessoas simpatizem com os ricos.

ULRICH: Sim, é. Então passa a ser sobre "aqueles rock stars gananciosos". Mas entenda, 80 milhões de discos depois, eu não sei o que fazer com todo o dinheiro que eu tenho. Então podemos falar sobre qual é o problema real? O problema real, pra mim, é a escolha. Eu quero escolher o que acontece com a minha música. Está bem claro que o futuro é vender sua música online. Mas o senso comum lhe dirá que você não poderá fazer isso se o cara do lado estiver dando isso de graça.

PLAYBOY: Quando você começou sua campanha contra o Napster, você sabia que demoraria tanto?

ULRICH: Eu não tinha a menor idéia, não. Todo esse negócio de Lars-Ulrich-cara-das-propriedades-intelecutais não é algo que eu busquei.

PLAYBOY: Você ficou surpreso quando foi vaiado no palco em Setembro no MTV Video Music Awards?

ULRICH: Eu não percebi isso enquanto estava lá em cima. Quando saí do palco, e as pessoas estavam falando, "nossa, você lidou com as vaias muito bem". E eu estava como, "que vaias?".

PLAYBOY: Que surpresa, pois você parecia realmente incomodado.

ULRICH: Eu estava meio bêbado. Foi o pior evento de premiação, sem ofensa, que eu já fui. Eu saí, fui jantar com alguns amigos e tomei algumas bebidas.

PLAYBOY: Quando o criador do Napster, Shawn Fanning, apareceu com uma camiseta do Metallica, eles cortaram para a platéia e você pareceu perplexo.

ULRICH: Você precisa entender, tudo isso foi planejado. Eles pediram para eu apresentar um prêmio para Shawn Fanning. No dia anterior ao evento, os advogados do Napster o tiraram disso. Eles acharam que eu faria algo grosseiro ou ofensivo a ele. A MTV perguntou, "você tem algum problema com ele entrando com uma camiseta do Metallica?". Eu falei algo como, "Vai fundo". Eu sabia disso tudo - eu estava só fingindo estar dormindo. Eu coloquei a minha mão sobre meu rosto, atordoado. Foi tudo meio atuação.

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