terça-feira, 19 de julho de 2011

Ulrich: "St. Anger foi um experimento isolado"


O baterista do Metallica, Lars Ulrich, foi entrevistado para a edição do verão de 2011 da revista Classic Rock do Reino Unido. Alguns trechos da conversa podem ser conferidos abaixo.

Classic Rock: É justo dizer que o "St. Anger" foi seu pior álbum?

Ulrich: Eu acho que é justo dizer que algumas pessoas acham isto.

Classic Rock: Você concorda com elas?

Ulrich: Não posso. O jeito que eu vejo o mundo, eu não consigo classificá-lo do melhor para o pior. Esse tipo de simplicidade simplesmente não existe para mim. Se eu tivesse 14 anos, eu provavelmente poderia fazer isto. Agora, a forma como eu vejo o mundo não é nada além de cinzas, principalmente.

Classic Rock: O som da bateria nesse disco foi abismal.

Ulrich: Isto foi de propósito. Não foi do tipo que a gente lançou e alguém disse, "Ops!". Eu vejo o "St. Anger" como um experimento isolado. Eu sou o maior fã do Metallica, você precisa se lembrar disso. Mais uma vez, como somos conhecidos por fazer, de vez em quando esses limites precisam ser mexidos. Nós já fizemos o "Ride the Lightning", que eu acredito ser um bom disco. Ele não precisava ser refeito.

Classic Rock: Mas até as músicas boas do "St. Anger" nunca terminam.

Ulrich: Quando nós ouvimos o disco do começo até o fim, eu senti - e foi principalmente eu - que a experiência foi tão massante, ele se tornou quase sobre machucar o ouvinte, desafiar o ouvinte, então nós mantivemos as músicas sem edição. Eu consigo entender que as pessoas acharam que era longo demais.

Classic Rock: Você tem algo em comum com James Hetfield, fora do Metallica?

Ulrich: Essa é uma boa pergunta. Nós dois somos bem apaixonados por filmes e hockey. Nós dois gostamos de uma boa comida. Nós dois colocamos sapatos de manhã.

Classic Rock: O que os mantém juntos? Vocês parecem o casal estranho definitivo.

Ulrich: Porque é realmente divertido. Quando estamos tocando, eu realmente aproveito isso. A coisa principal que nós temos em comum além do Metallica é que nós dois priorizamos nossas famílias ao Metallica. E essa é uma coisa nova. O fato que de nós dois tivemos filhos ao mesmo tempo, da mesma idade, é provavelmente diretamente responsável pela banda ainda estar junta. Se um de nós não estivesse neste barco, provavelmente não conseguiríamos manter o relacionamento.

Classic Rock: Você acha que as pessoas podem ter uma idéia errada de James?

Ulrich: Certamente. Eu tenho alguns pensamentos. Ele é muito mais doce e vulnerável do que as pessoas acham que ele é. A maior parte dessa dureza, a coisa de macho, era só uma máscara para ele lidar com suas próprias inseguranças. Eu sempre senti que ele era uma alma muito gentil e uma cara amoroso. Eu e ele sempre tivemos o melhor relacionamento quando estávamos sozinhos. O problema é que assim que havia outras pessoas na sala, nós começávamos a brigar pelo primeiro lugar, ou a jogar um ao outro contra as pessoas na sala. Se tornou estranho.

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